Olho Seco

O que é?


A síndrome do olho seco é uma das principais queixas nas consultas oftalmológicas. Frequentemente é uma condição crônica caracterizada pela diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima. Esta condição acomete cerca de 14 a 52% da população mundial. O número de pessoas acometidas tende a aumentar e os sintomas se tornarão cada vez mais frequentes devido ao uso de computadores, smartphones, ambientes com ar condicionado e níveis de poluição.


O que causa o olho seco?


  • Idade e sexo: a síndrome do Olho Seco pode acometer qualquer idade, sendo mais comum em indivíduos mais velhos, e em mulheres.
  • Lentes de contato: podem interferir na lubrificação da córnea.
  • Fatores ambientais: o ar condicionado, ventilador, poluição, entre outros.
  • Utilização de aparelhos digitais: computadores, tablets e aparelhos celulares.
  • Medicamentos: por exemplo, antidepressivos, antialérgicos e anti-hipertensivos, entre outros.
  • Doenças sistêmicas como síndrome de Sjögren, alterações nas glândulas palpebrais(como a blefarite), artrite reumatóide, Parkinson, dentre outras.

Sintomas


Os sintomas mais comuns da síndrome do olho seco incluem vermelhidão, prurido ocular (coceira), sensação de ressecamento ocular e de areia nos olhos, ardor e fotofobia. O quadro também pode cursar com secreção mucosa, embaçamento visual, intolerância a lentes de contato e, em alguns casos, excesso de lacrimejamento.
Muitos desses sintomas também podem ser causados por outras condições oculares, como blefarite (inflamação das pálpebras) e alergias oculares. Os sintomas de olho seco geralmente são agravados por atividades em que os pacientes tendem a não piscar com frequência, como ler, trabalhar no computador e assistir televisão, e são geralmente piores no final do dia.


Tratamento


Existe uma abordagem gradual para o tratamento do olho seco, geralmente começando com lubrificantes na forma de colírios (que são lágrimas artificiais) e géis. Pode-se lançar mão de medicações específicas e também sintomáticas, de uso tópico (ocular) ou sistêmico, dependendo da gravidade do quadro. Em alguns casos há a indicação do uso de Soro Autólogo, além da suplementação alimentar com Ômega-3.
Outros tratamentos incluem:

  • Oclusão dos pontos de drenagem da lágrima com plugs ou termocauterização com a finalidade de reter a lágrima na superfície ocular;
  • Tratamento com luz pulsada;
  • Tratamento termopulsátil;
  • Cirurgia.

Medidas de controle do ambiente são muito importantes, como o uso de umidificadores e manter-se afastado de correntes de ar (ventiladores, por exemplo).