A síndrome do olho seco é uma das principais queixas nas consultas oftalmológicas. Frequentemente é uma condição crônica caracterizada pela diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima. Esta condição acomete cerca de 14 a 52% da população mundial. O número de pessoas acometidas tende a aumentar e os sintomas se tornarão cada vez mais frequentes devido ao uso de computadores, smartphones, ambientes com ar condicionado e níveis de poluição.
Os sintomas mais comuns da síndrome do olho seco incluem vermelhidão, prurido ocular
(coceira), sensação de ressecamento ocular e de areia nos olhos, ardor e fotofobia. O quadro
também pode cursar com secreção mucosa, embaçamento visual, intolerância a lentes de
contato e, em alguns casos, excesso de lacrimejamento.
Muitos desses sintomas também podem ser causados por outras condições oculares, como
blefarite (inflamação das pálpebras) e alergias oculares. Os sintomas de olho seco geralmente
são agravados por atividades em que os pacientes tendem a não piscar com frequência, como
ler, trabalhar no computador e assistir televisão, e são geralmente piores no final do dia.
Existe uma abordagem gradual para o tratamento do olho seco, geralmente começando com
lubrificantes na forma de colírios (que são lágrimas artificiais) e géis. Pode-se lançar mão de
medicações específicas e também sintomáticas, de uso tópico (ocular) ou sistêmico,
dependendo da gravidade do quadro. Em alguns casos há a indicação do uso de Soro Autólogo,
além da suplementação alimentar com Ômega-3.
Outros tratamentos incluem:
Medidas de controle do ambiente são muito importantes, como o uso de umidificadores e manter-se afastado de correntes de ar (ventiladores, por exemplo).